Abstract:
Buscou-se neste estudo identificar o conhecimento conceitual bem como a utilização
de ferramentas de gestão por microempreendimentos individuais do município de
Canoas/RS em tempos de pandemia. Desse modo, o estudo aconteceu por meio de
pesquisa exploratória e descritiva onde para a coleta de informações e evidências foi
utilizada inicialmente a pesquisa em dados secundários, por meio de materiais
disponibilizados, contando com a pesquisa bibliográfica em livros e artigos
científicos. Também utilizou-se de pesquisa documental e estudo de campo o que
caracteriza esta pesquisa como sendo de abordagem quantitativa. A amostra em
questão foi constituída a partir da base de dados fornecida pela Secretaria de
Desenvolvimento Econômico de Canoas/RS e por meio de contatos através de
redes sociais, a quem foi aplicado questionário a fim de traçar não só o perfil
sociodemográfico, mas também o perfil dos negócios, as dificuldades e
oportunidades identificadas durante a crise do Covid-19 e o conhecimento e uso das
ferramentas de gestão. Os dados, analisados por meio de análise descritiva,
evidenciaram que há associação da escolaridade com o conhecimento de
instrumentos de gestão. Quanto aos motivos para formalização, tanto a
oportunidade quanto a necessidade caracterizaram a decisão de constituição do
negócio, sendo que prevalece o empreendedorismo por oportunidade para possuir
uma empresa formal e ter a possibilidade de emissão de nota fiscal. O
empreendedorismo por necessidade foi confirmado como motivação para
empreendedores informais e empregados sem carteira assinada. Durante a crise,
causada pela pandemia, os empreendedores acusaram redução no faturamento
mensal, mas mostraram-se otimistas quanto à tendência para o segundo semestre
de 2020. O uso do instrumento de controle financeiro foi evidenciado como o mais
frequente entre os microempreendedores, que apresentaram baixo conhecimento
sobre as ferramentas de gestão, porém, reconhecem a importância de se adotar as
medidas de gestão para a retomada de seus negócios no pós-crise.