Abstract:
Introdução: A asfixia perinatal é uma injuria sofrida pelo feto ou ao recém-nascido
devido à hipóxia e/ou isquemia de múltiplos órgãos com repercussões sistêmicas
múltiplas. A Encefalopatia Hipóxico-Isquémica é consequência dede agravo,
responsável por muitos óbitos e desabilidades. Estudos mostram que a técnica de
reduzir terapeuticamente a temperatura corporal de forma segura e eficaz do recémnascido para um padrão preestabelecido, a partir das 6 primeiras horas de vida e,
após 72 horas de resfriamento, reaquecer o mesmo de forma lenta, reduz a lesão
cerebral e melhora o desfecho neurológico de recém-nascidos após insulto hipóxicoisquémico. O processo assistencial de cuidado é fundamental para melhorar sua
eficácia e prevenir o agravamento da lesão. Objetivo: Compreender as indicações e
o processo de Hipotermia Terapêutica no recém-nascido, apresentando a
participação do enfermeiro na efetivação de um protocolo. Metodologia: O presente
estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Para a construção do estudo foram
consultados dados em acervos acadêmicos, periódicos e artigos científicos em
bases eletrônicas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual da
Saúde (BVS), Literatura latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LlLACS), Medical Literature Analysis ande Retrieval System Online (MEOLlNE) e
PubMed. As consultas incluíram artigos nacionais e internacionais entre 2000 e
2018, através das palavras-chaves: Hipotermia terapêutica. Recém-nascido. Asfixia
neonatal. Encefalopatia Hipóxico-Isquémica. Cuidados de enfermagem. Resultados:
A hipotermia tem sido efetiva em reduzir sequelas neurológicas, principalmente em
recém-nascidos com Encefalopatia Hipóxico-Isquémica moderada e grave e
melhorar o prognóstico a longo prazo. O planejamento da assistência ao recémnascido de risco constitui um processo complexo que necessita de avaliação integral, rigorosa e progressiva gerenciado pelo enfermeiro. Conclusão: A
hipotermia terapêutica demonstrou ser uma técnica segura e eficaz no tratamento da
síndrome hipóxico-isquémica. A equipe de enfermagem exerce um papel atuante na
execução do protocolo, apesar de existir limitações de estudos direcionados as
práticas do cuidado. Ao encontro da literatura, fica evidente a necessidade de
pesquisas e publicações nessa temática com objetivo de efetivar e qualificar a
assistência prestada ao recém-nascido.