Abstract:
Este artigo busca discutir a importância da dança na terceira idade nos grupos de
Serviço Convivência e Fortalecimento de Vínculos, trabalhados em um Centro de
Referência De Assistência Social (CRAS), no Brasil. O estudo foi realizado dentro de
uma situação de pandemia, Covid-19, onde além da falta de políticas públicas,
também a solidão afeta os idosos, pois não podiam sair de casa para se reunir com
seus amigos, nem receber seus familiares por risco à saúde. Então, além da violência
já existente, aumentou o risco de depressão, relatos de sentimento de angústia, falta
de apetite, tristeza, apatia, entre outros relatos de abandono. A revisão de literatura
faz referência à legislação de proteção social dos idosos e analisa as questões sociais.
Os principais desdobramentos problematizam ao menos três questões: a) Estratégias
de tornar a dança necessária às demandas de inclusão da terceira idade no mundo;
b) Tensionar e colocar em movimento o princípio democrático e a qualidade de vida
das pessoas idosas; c) Democratizar a participação dos idosos na vida social e na
formação das novas gerações. Concluímos que é fundamental investir na qualidade
de vida dos idosos, visto que a dança revigora a autoestima e o bem-estar pessoal,
social, autocuidado, suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais,
religiosos e o ambiente em que vivem. Neste viés, foi determinante a dança por ser
cultural e socialmente importante para os idosos como forma de interação,
fortalecimento de vínculos saudáveis dos cuidados da mente e do corpo, no
compromisso social com uma qualidade de vida melhor.