Abstract:
O presente artigo tem como objetivo analisar a importância do Serviço Social para o desenvolvimento
de mulheres negras a partir de ações de fortalecimento voltadas para a construção da autonomia. A
metodologia é qualitativa, relato de experiência, sendo descritiva a partir de relatórios de estágio e
diários de campo produzidos no estágio curricular realizado na instituição ACMUN em Porto Alegre/RS.
Este estudo buscou produzir conhecimentos sobre a construção de autonomia das mulheres negras e
suas intersecções a partir de oficinas e capacitações, em um campo complexo como o do serviço social.
Esses casos tanto apresentam as principais ideias das estruturas interseccionais quanto demonstram
os diferentes usos da interseccionalidade como ferramenta analítica. As mulheres negras travam uma
batalha diária na busca pela valorização, reconhecimento e igualdade. É no empoderamento que elas
encontram forças para vencer os desafios de ser negra no país. A valorização da mulher negra e o
seu empoderamento podem ser trabalhados de diversas formas, em diversos campos, mas também
por meio de conversas, palestras, grupos de discussão sobre a aceitação da mulher negra com suas
próprias raízes. A intersecção de raça, gênero e classe condicionam estruturalmente determinados
grupos, como as mulheres negras, a produção e reprodução de desigualdades sociais, essa
segregação se revela de diferentes formas nas relações sociais, culturais, de saúde, educação e
política.