Abstract:
O presente artigo propõe uma análise da
identidade, inconstante e indefinível, tendo
como corpus o romance contemporâneo de
Valter Hugo Mãe, A Máquina de Fazer Espanhóis
(2011). O objeto de estudo será o narradorpersonagem António Jorge da Silva. Por meio
de memórias, percebe-se que a construção da
identidade desse ser fragmentado é
consequência de uma ditadura que o
influenciou e de uma vida que orbitou em torno
de seu egoísmo. Para explicitar tal afirmação,
destacam-se passagens do livro que, ao
demonstrarem a oscilação de conduta perante
a moral, contrapõem radicalmente as atitudes
duvidosas do personagem ao evidenciarem a
estabilidade do amor conjugal e fraterno,
mostrando-se como amparo a uma identidade
instável.