Abstract:
O objetivo deste artigo é compreender possíveis consequências do uso
excessivo e indiscriminado de telas e tecnologias no desenvolvimento de
crianças e adolescentes, assim como o comprometimento de seus processos
psicológicos básicos, relações sociais e autoimagem. O percurso
metodológico ocorreu por meio de uma revisão sistemática de literatura, onde
a partir do levantamento realizado nas bases de dados Pubmed, Scielo e
Pepsic, foram selecionados 17 artigos. Os resultados das análises indicaram
que o uso excessivo de telas pode prejudicar a formação cognitiva de
crianças e adolescentes e seu bem estar psicológico, causando “prejuízos”
comportamentais e sociais, além de prejuízos nos vínculos familiares. O uso
indiscriminado de telas e eletrônicos é capaz de aumentar consideravelmente
os níveis de ansiedade e depressão nos jovens usuários, além de os
conteúdos consumidos influenciarem diretamente no comportamento e
estimular o uso de substâncias prejudiciais à saúde. As telas se utilizadas
com moderação, dentro do recomendado pelas organizações de saúde (de
duas a três horas), podem beneficiar os jovens com a socialização e com os
estudos. É importante observar o tempo assim como a qualidade dos
conteúdos acessados para que o uso seja saudável e benéfico e não cause
prejuízos acumulados ao longo do tempo.