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Esse ensaio teórico aborda o fenômeno da tecnificação e digitalização da vida na
contemporaneidade em sua relação com o processo da vasta produção, veiculação e
circulação de imagens na atualidade, investigando seus efeitos sobre os processos de
subjetivação e cultura. O trabalho problematiza a experiência do sujeito nas plataformas
digitais, destacando a falta de um campo dialético na interação com as imagens, o que leva
à crescente precariedade dos processos de subjetivação. Com uma abordagem teórica em
diálogo com conceitos de Walter Benjamin [1936/1955 (2013)], Vilém Flusser (1985), Didi-
Huberman (2010), Christoph Türcke (2010) e Hartmut Rosa (2019), o ensaio discute como a
reprodutibilidade técnica das imagens em sua versão atual contribui para a superficialização
da percepção e empobrecimento da sensibilidade. Conclui-se que é necessário resgatar a
capacidade das imagens de provocar reflexão e restabelecer uma relação dialética entre
sujeito e imagem, de modo a favorecer processos de criação subjetiva e cultural capazes de
dar lugar à potência da vida como processo de (trans)formação. |
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