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O Brasil possui hoje a terceira maior população de pets do mundo. Tal número denota não só a intensa atividade econômica relacionada à aquisição de bens e serviços como também uma importante mudança de comportamento de indivíduos e famílias. Ainda assim, são escassos os estudos na área do comportamento do consumidor que tenham se debruçado sobre a relação humano-pet como ‘meio’ e não como ‘fim’ (Cote, 2008). Nesse sentido, o presente estudo busca identificar e debater práticas dos chamados pais de pet, bem como refletir sobre comportamentos de consumo comuns a este grupo. A partir de uma pesquisa de caráter qualitativo, que contou com a realização de sete entrevistas em profundidade com pais de pet autodeclarados, são identificadas diversas práticas que emergem das relações humano-pet. Dentre elas, destaca-se a busca pela extensão de si próprio, interações análogas àquelas realizadas com outros seres humanos, ampliação do grupo familiar, e busca por prazer e problemas. Neste contexto aloparental, sugere-se que práticas antropomórficas podem, também, estar influenciando suas decisões de consumo. De modo geral, o estudo avança a literatura sobre peternidade (pet parenting), identificando, de forma inédita, práticas e comportamentos de consumo de pais de pet em um contexto brasileiro. |
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