Hipotermia terapêutica na encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal: evidências clínicas e o papel da enfermagem no cuidado integral

Abstract

A encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), decorrente da asfixia perinatal, constitui uma das principais causas de mortalidade e morbidade neurológica em recém-nascidos. Caracteriza-se por hipóxia e isquemia cerebral que comprometem de forma aguda o desenvolvimento neurológico, podendo gerar sequelas permanentes ou levar ao óbito. Diante disso, a hipotermia terapêutica tem se consolidado como a principal estratégia de neuroproteção, desde que iniciada precocemente e conduzida em ambiente hospitalar especializado. Este estudo teve como objetivo analisar a efetividade da hipotermia terapêutica no tratamento da EHI em neonatos, por meio de uma revisão integrativa da literatura científica publicada entre 2014 e 2025. Foram selecionados 08 materiais, entre artigos, teses e dissertações, que abordam desde os fundamentos clínicos e fisiopatológicos da EHI até os impactos psicossociais sobre a família e o papel da equipe de enfermagem. Os achados apontam que a aplicação precoce da hipotermia, aliada ao monitoramento neurológico e à atuação de uma equipe multiprofissional qualificada, contribui significativamente para a redução da mortalidade e das sequelas neurológicas, a enfermagem desempenha papel essencial na humanização do cuidado e no suporte à família durante todo o processo de hospitalização.