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Este estudo investiga a forma como as dinâmicas presentes no capitalismo digital do
século XXI permitem a disseminação de estratégias alienantes da extrema-direita
em redes sociais através dos algoritmos de recomendação, delimitando o olhar
sobre os homens da Geração Z atravessados pela masculinidade hegemônica. A
condução desse olhar se dá por meio de uma metodologia de exposição comparada
na plataforma social X, a partir da criação de dois perfis a engajar com conteúdo
informativo de política: o primeiro apenas com jornalismo profissional, e o segundo
com quaisquer perfis independentes, observando a adaptação algorítmica da
plataforma e a disseminação de conteúdo fronteiriço através dos dois cenários. Para
extrair as conclusões deste método, são realizadas duas análises, uma qualitativa
que categoriza a presença de elementos negativos e neutros, listando ocorrências
como ausência de fontes, desinformação, dentre outras, e a análise quantitativa, que
contempla as unidades de engajamento - comentários, compartilhamentos e curtidas
- com as categorias identificadas anteriormente, evidenciando a formação de
câmaras de eco e o modo como se perpetuam. Revela-se que a Geração Z é atraída
pelo resgate de autonomia que os cenários digitais viabilizam, mas através deste
ambiente tornam-se expostos a estratégias de captação das ideologias alienantes
apoiadas e ampliadas por organizações globais. |
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