Abstract:
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise fílmica do filme É Assim que
Acaba, sob a perspectiva da Terapia do Esquema (TE), a fim de compreender como os
Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) influenciam as escolhas amorosas e a manutenção
de relacionamentos disfuncionais reforçados pela Química Esquemática. Utilizando como
base teórica os fundamentos da TE, o estudo explora como vivências relacionais na infância,
com pais e cuidadores próximos, moldam esquemas que se manifestam nos vínculos
amorosos na vida adulta. A obra cinematográfica escolhida narra a trajetória de Lily, uma
mulher marcada pela violência familiar na infância e que repete padrões relacionais
disfuncionais em sua vida adulta, assim como Ryle, seu marido. A análise revela a atuação da
química esquemática, evidenciando como os padrões desadaptativos aprendidos na infância
podem ser revividos para além dela. O estudo destaca também o processo de conscientização
da protagonista, que rompe com o ciclo de violência ao identificar seus esquemas e escolher
uma relação mais saudável com Atlas, seu primeiro amor. O trabalho mostra que o uso de
recursos cinematográficos pode ser um instrumento terapêutico eficaz para a identificação de
padrões disfuncionais, promovendo reflexões e mudanças comportamentais, assim como
auxiliar profissionais da saúde mental a promover mudanças psicológicas, favorecendo o
progresso da saúde e da qualidade de vida.