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Este trabalho apresenta um relato de experiência sobre a atuação em Espaços Amigáveis para
Crianças (EACs) durante o desastre de origem natural que atingiu o estado do Rio Grande do
Sul nos meses de abril e maio de 2024. Com foco na cidade de Canoas, a experiência foi
vivenciada no contexto da resposta humanitária realizada por organizações como a Visão
Mundial e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com o poder
público. O objetivo é analisar, por meio do relato da trajetória de Sol, adolescente em situação
de violência intrafamiliar acolhida durante as inundações, como os EACs contribuíram para
sua proteção e desenvolvimento psicossocial, a partir da escuta qualificada, do brincar e da
construção de vínculos seguros. A análise dialoga com referenciais da Psicologia Ambiental,
da Psicologia Comunitária e da teoria bioecológica do desenvolvimento, reforçando o papel
dos EACs como ferramentas de fortalecimento da resiliência infantil. O presente estudo
evidencia a importância dos EACs como espaços capazes de favorecer a expressão emocional
e a denúncia de violações, trazendo subsídios para refletir sobre a escuta qualificada nestes
espaços e contribuindo para o aprimoramento das práticas psicológicas em contextos de
emergência. Ao evidenciar os impactos positivos da atuação humanitária com crianças, este
trabalho também oferece elementos para o fortalecimento de políticas públicas de proteção à
infância em situações de vulnerabilidade social e ambiental. |
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