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O presente artigo aborda a saúde mental de trabalhadoras do Hospital Pronto Socorro de Porto
Alegre (HPS) a partir de espaços de discussão realizados com as mesmas dentro do Programa
de Educação Pelo Trabalho Para a Saúde (PET-SAÚDE). Justifica-se essa pesquisa pelo fato
de que durante as atividades realizadas do projeto, percebeu-se o adoecimento psíquico das
trabalhadoras, assim como o absenteísmo. O objetivo foi analisar as vivências de prazer e
sofrimento no trabalho, a partir da teoria da psicodinâmica do trabalho, sendo este um estudo
de natureza qualitativa e exploratória. Utilizou-se as técnicas de entrevista semi-estruturada e
grupo focal tendo como participantes 17 servidores. Os dados foram analisados a partir da
análise de conteúdo de Bardin a priori, partindo-se de categorias pré-estabelecidas pela Escala
de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), analisando-se a frequência de
aparição em quatro categorias: para avaliar o prazer - realização profissional e liberdade de
expressão - e para avaliar o sofrimento no trabalho - esgotamento profissional e falta de
reconhecimento. Os resultados indicaram que entre as vivências de prazer, a confiança entre
os colegas foi a mais presente, manifestando-se como a liberdade de expressão. Entre as
vivências de sofrimento, a sobrecarga, esgotamento emocional e a injustiça foram os que
apareceram de maneira expressiva, representando as categorias de esgotamento profissional e
falta de reconhecimento. As vivências de sofrimento foram as que mais se manifestaram,
principalmente a subcategoria sobrecarga, que foi citada por todas as participantes. Esse
estudo limitou-se ao público da amostra e não foi realizada com todos os setores, sendo uma
limitação. Nesse ínterim, é de suma importância a continuação de estudos e pesquisas futuras
sobre o tema, considerando a gama de necessidade de políticas públicas, acompanhamento,
manejo e intervenções em saúde no trabalho. |
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