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As mulheres, quando em situação de rua, vivem extrema vulnerabilidade e exclusão
e diante disso, é preciso de alguma forma torná-las visíveis enquanto cidadãs. A
invisibilidade social, muitas vezes as desqualificam como ser humano detentor de
direitos na sociedade civil e uma de suas privações é o direito à saúde, evidenciado
nas dificuldades para a garantia de seu acesso. Visando compreender estas
barreiras, o presente estudo traz, em forma de análise de dados secundários, os
resultados obtidos em 15 artigos científicos que continham transcrições de
entrevistas realizadas com mulheres em situação de rua. Resultando em 4
categorias de análise, Violência, Invisibilidade, Burocracia e Consultório na Rua, as
interpretações dos dados evidenciam a existência de um sistema de saúde violento,
excludente e discriminatório. Porém, apesar da omissão da sociedade, desde 2011
há o programa Consultório na Rua, que atua com equipes multiprofissionais de
forma itinerante no acolhimento e cuidados das pessoas em situação de rua e é
reconhecido por este público como o principal elo de acesso ao sistema de saúde.
Diante deste contexto, é possível identificar que há lacunas entre o cumprimento da
legislação que prevê a garantia da universalidade, integralidade e equidade e o
serviço de saúde prestado. |
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