Abstract:
Introdução: O luto perinatal ocorre após a perda de um bebê entre 22 semanas de gestação e 7 dias após o nascimento, podendo impactar profundamente a saúde mental dos pais. Estudos indicam uma alta prevalência de transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático, agravados pela falta de suporte social e pela invalidação do luto. Além disso, a ideia de substituição do bebê falecido reforça o estigma e dificulta o processo de elaboração da perda, impactando emocionalmente pais enlutados, especialmente as mães, que também lidam com as mudanças hormonais e psíquicas da gestação e do puerpério sem o bebê esperado. Objetivo: Conhecer a percepção da mulher que vivenciou o luto perinatal acerca de sua própria saúde mental. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, descritivo. As participantes serão convidadas a partir de contatos com grupos em redes sociais. Os dados serão coletados por meio de um formulário online que convida a participante a responder diversas questões acerca da sua experiência de luto perinatal. Resultados: Os dados serão analisados em categorias que incluirão os impactos psicológicos na saúde mental das participantes e experiências acerca do estigma de invisibilidade do luto perinatal, com base na análise qualitativa de conteúdo de Bardin. Discussão: Os resultados serão discutidos à luz da literatura sobre o tema. Considerações finais: Espera-se contribuir para a visibilidade e validação do luto perinatal, assim como incentivar a promoção de políticas públicas voltadas à saúde mental da mãe enlutada.
