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O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as dificuldades enfrentadas por pacientes e
familiares na continuidade do tratamento de pessoas em sofrimento mental. Trata-se de uma
pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, que buscou seus dados tanto em
publicações da área, como no diário de campo da pesquisadora, constituído durante a vivência em
uma unidade de Plantão de Emergência em Saúde Mental. As categorias de análise previamente
definidas a partir das orientações de Bardin (2016) no que diz respeito à Análise de Conteúdo foram
os desafios do Serviço Social na Emergência Psiquiátrica e as perspectivas do Serviço Social na
Emergência Psiquiátrica. Os resultados sinalizam que entre os principais desafios, destacam-se a
dificuldade de acompanhamento com o médico psiquiatra e a falta de suporte familiar, fatores que
levam muitos pacientes a retornarem às ruas sem perspectivas de tratamento. Durante a observação
de diversos pacientes, foram identificados dois adolescentes e um idoso que não possuíam familiares
nem um local para onde ir. Além disso, necessitavam de continuidade no tratamento iniciado na
emergência psiquiátrica. Verificou-se que o assistente social utiliza diversos instrumentos, como
observação, entrevista, reunião, escuta e acolhimento, para atuar junto aos familiares e pacientes da
emergência psiquiátrica. Essas práticas, fundamentadas em habilidades, conhecimento e
competência, garantem um atendimento qualificado à população. Diante desse cenário, evidencia-se,
como perspectivas, a necessidade de implementação e fortalecimento de políticas públicas de saúde
mental, visando à criação de um conjunto de ações e diretrizes que assegurem um atendimento
adequado às pessoas com transtornos mentais. |
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