Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11690/1268
Autor(es): Chala, Ânia
Título: A gente aprende na caminhada a traçar os caminhos e as escolhas: narrativas de professores de Estudos Sociais e de História graduados entre 1974 e 1988 no Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Memória social;História ora;Docentes História – Memórias;Docentes Estudos Sociais – Memórias;Ditadura civil-militar;Redemocratização
Data do documento: 2019
Editor: Universidade La Salle
Citação: CHALA, Ânia. A gente aprende na caminhada a traçar os caminhos e as escolhas : narrativas de professores de Estudos Sociais e de História graduados entre 1974 e 1988 no Rio Grande do Sul. 2019. 236 f. Tese (Doutorado em Memória Social e Bens Culturais) - Universidade La Salle, Canoas, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/11690/1268. Acesso em: 31 jan. 2020.
Resumo: Este trabalho foi produzido a partir de projeto de História Oral, que resultou em reconstruções memoriais de professores de História e de Estudos Sociais graduados e/ou atuantes entre os anos 1974 e 1988. O recorte temporal compreende período da ditadura civilmilitar no Brasil, quando se deu a abertura política iniciada por Ernesto Geisel e a transição democrática, concluída com promulgação da Constituição. Entre os objetivos do estudo figuram as seguintes questões: Quais suas concepções sobre o ambiente social e político em que viveram? Tinham algum conhecimento do que havia se passado nos bastidores do governo militar? Como avaliam a formação recebida na graduação e seus reflexos em sua atuação docente? Acreditam que a redemocratização tenha afetado de algum modo sua vida pessoal e profissional? Durante o seu desenvolvimento, sustento a tese de que a partir da narrativa memorialística do percurso desse grupo de docentes seja possível, guardada a subjetividade dos relatos, uma compreensão de suas experiências, da construção de sua identidade profissional e do processo de concepção a respeito da ditadura civil-militar e do ensino de História. A pesquisa foi orientada a partir de contribuições de autores do campo de estudos em memória social. Compõem a tese, uma revisão historiográfica sobre a redemocratização brasileira, destacando as questões suscitadas pela Lei da Anistia, bem como uma reflexão a respeito das políticas educacionais formuladas no regime de exceção, com foco nas leis nº. 5.540/68 e nº. 5.692/71. A partir desse exame, fiz entrevistas de história oral com seis professores que atuaram em escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul, utilizando o processo transcriativo. Com base na análise das narrativas e em sintonia com autores dos campos da Memória Social, da História e da História da Educação utilizados neste estudo, considero possível pensar que aquelas trazem memórias da redemocratização brasileira pela ótica de professores que viveram aquele período longe da militância dos movimentos de oposição à ditadura. Suas reconstruções memoriais refletem o percurso de estudantes que se tornaram professores em meio a um contexto político, econômico e social em transformação. As narrativas igualmente permitem entrever percalços, alegrias e frustrações experimentadas ao longo de carreiras profissionais desenvolvidas com esforço e dedicação. Os vestígios da ditadura civil-militar e do processo de redemocratização emergem em episódios narrados que envolvem arbítrios e silenciamentos, recordações sobre as comemorações cívicas da Semana da Pátria, e também a lembrança dos investimentos dos governos militares para a modernização das universidades públicas e para a consolidação de um sistema de pós-graduação.
Orientador(es): Graebin, Cleusa Maria Gomes
Aparece nas coleções:Tese (PPGMSBC)

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