Abstract:
Introdução: a doação de órgãos representa uma possibilidade terapêutica para
muitas pessoas que aguardam por um transplante. O trabalho do enfermeiro é
fundamental em todo o processo de doação, é de responsabilidade deste
profissional e sua equipe manter o potencial doador hemodinamicamente estável,
visando garantir a viabilidade dos órgãos e tecidos além do acolhimento e da
entrevista com o familiar. Objetivo: compreender os fatores que influenciam a
negativa familiar, além de refletir sobre a atuação da enfermagem como estratégia
para ampliar as taxas de aceitação à doação de órgãos. Metodologia: trata-se de
revisão da literatura. Foram incluídos artigos publicados na íntegra nos últimos 5
anos, em idioma português e legislações brasileiras vigentes referentes ao tema. No
total foram analisados 10 artigos e 08 Legislações. Desenvolvimento: a discussão
desta pesquisa pôde ser organizada em três categorias temáticas principais:
Dificuldades na compreensão e aceitação do diagnóstico de morte encefálica pela
família - as recusas familiares são destaque nas negativas de não doação.; A
importância de uma entrevista esclarecedora no processo de doação - a entrevista
familiar é ponto chave para efetivação para doação de órgãos; Atuação da equipe de
enfermagem em todo o processo: do diagnóstico de morte encefálica à doação de
órgãos e tecidos - o enfermeiro como figura essencial no cuidado ao potencial
doador e na assistência aos familiares no processo do luto. Conclusão: a recusa
familiar está atrelada ao desconhecimento do diagnóstico de ME. O enfermeiro
revela-se crucial em todas as etapas da doação, sendo imprescindível a qualificação
contínua dos profissionais.