Abstract:
O presente artigo tem por objetivo apresentar o resultado da experiência de estágio, no processo de formação acadêmica no Curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade LaSalle, Canoas/RS. O campo de estágio foi na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, APAE, localizado na Rua Antônio Estanislau, Bairro Santa Rita, no Município de Três Cachoeiras, R/S. O período do estágio curricular obrigatório foi de agosto de 2022 a julho de 2023. O trabalho ocorreu a partir da intervenção do Assistente Social no grupo de mulheres/mães acompanhadas na APAE, através de entrevistas e rodas de conversas. O tema norteador das discussões foram os desafios e as possibilidades dos filhos com deficiência, abordando a superproteção, a autonomia e estratégias para o fortalecimento dos vínculos nas relações familiares. O objetivo geral do projeto foi promover um espaço reflexivo para as mulheres/mães com filhos com deficiência, que frequentam a APAE, a fim de oportunizar trocas de experiências, fortalecendo sua função protetiva na perspectiva do protagonismo de seus filhos. Os objetivos específicos, promover os grupos a fim de socializar suas dúvidas e experiências; ofertar palestras socioeducativas com informações para o acesso aos direitos sociais e fortalecer sua função protetiva; proporcionar um acolhimento coletivo e ou individual para as mulheres/mães refletir sobre os seus diferentes papéis sociais. O projeto de intervenção foi desenvolvido com a participação de 5 mulheres/mães com filhos com deficiência. A metodologia do projeto definiu a Teoria Social Crítica, e o método materialista histórico. O trabalho é de natureza descritivo, com abordagem qualitativa. Os principais instrumentos utilizados foram as entrevistas, escuta e o grupo reflexivo. O projeto buscou em todo seu processo proporcionar um espaço coletivo de fortalecimento para as participantes, diante das vivências que as fragilizam em seu cotidiano. A técnica de grupos seguiu o modelo de Pichon Riviére. Os principais resultados do projeto foram o reconhecimento das mulheres de seus papéis sociais; a compreensão dos desafios de ter um filho com deficiência, mas que há possibilidades em desenvolver autonomia; a necessidade do autocuidado, de garantir um momento de leitura, alguma atividade física e a importância de ter um espaço coletivo de trocas, de fortalecimento que oferte informações potencializando a função protetiva da família.
