Abstract:
Este artigo resulta da experiência de estágio em Serviço Social realizado em uma
Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) na região metropolitana de
Porto Alegre. Observou-se, através do estágio e embasamento teórico, que
mudanças nas estruturas econômicas, sociais e familiares impactam na capacidade
das famílias de cuidar dos idosos. As demandas do mercado de trabalho resultam
em menos tempo disponível para o cuidado familiar, levando a uma busca crescente
por espaços terceirizados, onde muitas vezes é vista como a única opção, podendo
expor os idosos ao isolamento social e à deterioração emocional e psicológica. O
assistente social desempenha papel crucial na garantia dos direitos e na
preservação de vínculos familiares. Além das responsabilidades clínicas, as ILPIs
tendem a negligenciar questões globais da formação humana. O artigo busca
analisar as relações entre envelhecimento, institucionalização e identidade,
especialmente compreendendo as transformações da identidade ao longo da vida
dos idosos institucionalizados. Os eixos de discussão incluem a concepção teórica
do envelhecimento populacional, destacando avanços, projeções e mudanças
biopsicossociais. Ressalta-se a importância do assistente social na avaliação
individual dos idosos, considerando fatores físicos, emocionais e sociais.
Evidencia-se que a institucionalização pode resultar em isolamento social e perda de
controle sobre a rotina, afetando a identidade da pessoa idosa. Em última análise, é
crucial oferecer respostas sociais adaptadas às necessidades individuais,
repensando espaços para facilitar a participação efetiva dos familiares durante o
processo de redefinição e reconstrução da identidade.