dc.description.abstract |
O termo refugiado denomina associação à pessoa que, em razão de fundados
temores busca por melhores condições fora de seu país de origem. Frente à
demanda crescente em todo o mundo, o Brasil tornou-se um país de grande
procura por estrangeiros que anseiam melhores condições de vida, com isso
buscou-se conhecer a realidade das estruturas governamentais responsáveis
por receber esta população. A falta de avaliação e precariedade no processo
de acolhimento da população estrangeira torna-se um agravo, principalmente
em relação as condições de saúde. O objetivo geral foi identificar os fatores de
risco e os indicadores de doenças infectocontagiosas dos refugiados recebidos
no Centro Ítalo Brasileiro de Assistência e Instrução as Migrações (CIBAI),
localizado no município de Porto Alegre. Estudo caracterizado por
delineamento transversal, realizado com migrantes em situação de refúgio
recém-chegados ao Brasil, com idade superior à 18 anos, convidados com o
auxílio de interprete nos idiomas inglês, francês e espanhol que
compreenderam e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) também traduzidos. A amostra do estudo (261 participantes) composta
predominantemente por Venezuelanos (50,6%) e Haitianos (44%), do sexo
masculino (146: 56,7%). A média de idade foi 33,38 (± 7,30) e a escolaridade
de 10,42 (± 2,09) anos. A quantidade de sintomas para cada uma das dez
patologias demonstrou maior frequência para Influenza (9,3%), coqueluche
(8%), difteria (6,4%) e tuberculose (5,9%). O estudo apresentou uma
correlação importante entre a presença dos sintomas nas quatro patologias
com maior prevalência para a população Haitiana. Concluímos que frente à
demanda crescente de entrada de estrangeiros no Brasil, existe precariedade
observada na avaliação das condições de saúde na chegada do indivíduo ao
país, o estudo evidenciou a carência de um processo de acolhimento
integrativo que possua visão holística e também priorize a educação sobre a
abrangência do Sistema Único de Saúde – SUS para a população recém
chegada, com isso, protocolos de acompanhamento do migrante com foco no
diagnóstico e tratamento são indispensáveis. |
pt_BR |