dc.identifier.citation |
VENTURINI, G; SCHULER, B. Pensamento, experiência e o tempo do ócio na educação infantil. Childhood & Philosophy, v. 16, p. 1-27, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/childhood/article/view/53797/36439. Acesso em: 29 mar. 2022 |
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dc.description.abstract |
Este artigo busca examinar como os conceitos de pensamento e de interesse são descritos nos
três principais documentos que regem a Educação Infantil brasileira no presente – Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional/1996, Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil/2010 e Base Nacional Comum Curricular/2018 da Educação Infantil – e suas
implicações para as relações entre infância e pensamento. Para tanto, parte dos estudos da
Filosofia da Diferença, de autores como Kohan, Larrosa, López e Ribeiro, entre outros, para
problematizar o pensamento atrelado ao interesse individual no contemporâneo. Pode-se
constatar o quanto o pensamento é operado como resolução de problemas nesses documentos,
a partir de uma lógica neoliberal que vai se deslocando cada vez mais de um interesse coletivo
para um interesse individualizante. Além disso, pode-se descrever todo um funcionamento de
uma sociedade disciplinar deslocando-se para uma sociedade do desempenho, em que há um
grande privilegiar das práticas de avaliação e registro da “produção” das crianças. A partir
disso, no conceito de infância do pensamento e no conceito de experiência, buscamos a
possibilidade de viver outras relações com as infâncias e as temporalidades na escola de
Educação Infantil, tomando a potência do ócio e da brincadeira como brecha de respiro em
meio a rotinas entupidas e, ao mesmo tempo, esvaziadas de sentido. |
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