Abstract:
Este texto aborda a questão da formação
escolar e futebolística de alunos/atletas, no
Brasil, considerados ‘pés de obra’ pela
sociedade do futebol. Tem-se como objetivo
demonstrar que o processo formativo não é
tão promissor quanto aparenta. Em termos
metodológicos, trata-se de estudo de cunho
bibliográfico descritivo, tendo como suporte
teórico contribuições de especialistas da área
esportiva, ‘lincando’ conceitos clássicos com
pressupostos advindos da decolonialidade. O
trabalho evidenciou que o processo de
formação escolar e futebolística prioriza o
treinamento esportivo em detrimento dos
estudos. Assim, em caso de insucesso no
futebol, o jovem resulta marginalizado cultural
e socialmente. Conclui-se ser essencial o
envolvimento de todos os segmentos
responsáveis pela formação - em especial a
escola, o clube e a família -, trabalhando numa
perspectiva que contemple a diversidade
cultural e social desses alunos/atletas,
tornando-os cidadãos e não apenas “boleiros”.