Abstract:
INTRODUÇÃO: Segundo dados da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica, nos
últimos anos houve um número substancial de cirurgias plásticas realizadas no Brasil.
A cada ano, em média, são realizadas cerca de 350.000 cirurgias estéticas no país.
Na prática clínica observou-se o quanto a alteração postural se mostra negativa nos
efeitos esperados da cirurgia, essa alteração inicial quase sempre se dá pela dor e
permanece sem que a(o) paciente perceba essa distorção da imagem corporal. Assim,
surge a utilização do taping como grande aliado para percepção corporal, aplicado
durante o tratamento fisioterapêutico convencional no pós-operatório de cirurgia
plástica. A Bandagem Elástica Adesiva, desenvolvida por Kenzo Kase, no Japão na
década de 1970, sugere diversas propostas de tratamento no âmbito da estética,
porém não como ajudante da percepção corporal e correção postural pós-operatória.
OBJETIVOS: Analisar o grau de alteração postural das pacientes de pós-operatório
de cirurgia plástica, antes e depois da utilização de taping por oito sessões associada
ao tratamento convencional, comparando os efeitos com o tratamento convencional
isolado. Adicionalmente, avaliar a dor antes e durante o protocolo de atendimento, e
também, satisfação corporal das pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de uma
análise qualitativa e quantitativa. Um ensaio clínico randomizado onde foram
observadas 12 pacientes mulheres, entre 30 a 55 anos de idade, com Cirurgia plástica
na parte anterior do tronco com diferentes graus de alteração postural, avaliando antes
e depois a diferença postural entre pacientes que realizaram tratamento pósoperatório com utilização de taping e tratamento pós-operatório convencional, por 8
sessões. RESULTADOS: O taping se mostrou eficaz na correção postural de acordo
com melhora da resposta de extensão. Colocado em pontos estratégicos que forçando
de forma suave e indolor a postura correta, a comparação da primeira sessão
fisioterapêutica com a sessão realizada 30 dias mostra considerável melhora da
imagem corporal. Os grupos tiveram prevalência de 7 dias de pós-operatório, onde
todos do grupo intervenção apresentaram melhora postural em até 22 graus de
extensão de tronco. Enquanto o grupo convencional metade não apresentou melhora,
e a outra metade apresentou diferença máxima de 12 graus em extensão de tronco.
Com isso, o taping comprova sua eficácia como recurso fisioterapêutico para ser
utilizado no pós-operatório imediato de cirurgia plástica para correção postural.