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Objetivo: Comparar o nível de conhecimento da equipe multidisciplinar sobre
cuidados paliativos antes e após a realização de um treinamento baseado na
implementação de um protocolo institucional. Além disso, identificar os pontos de
maior e menor fragilidade do conhecimento da equipe e verificar a relevância da
utilização de um protocolo institucional sobre cuidados paliativos. Materiais e
métodos: Trata-se de um estudo quase experimental, tipo antes e depois, que foi
realizado em um hospital 100% SUS localizado no extremo sul de Porto Alegre. O
estudo incluiu todos os profissionais alocados na UTI do hospital, incluindo médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e
assistentes sociais. A coleta dos dados quantitativos foi realizada através do
questionário do Palliative Care Quis for Nursing (PCQN). Foi desenvolvida uma
capacitação baseada no protocolo de cuidados paliativos institucional na forma de
aula expositiva, realizada presencialmente. A avaliação foi feita 4 semanas antes da
capacitação e 8 semanas após a capacitação. Resultados: A maioria dos
participantes foi formada por mulheres, solteiras, católicas e com idades entre 28 e
37 anos. Grande parte dos participantes são técnicos de enfermagem com mais de
quatro anos de experiência, e a maioria já atendeu pacientes em cuidados paliativos
(CP), embora poucos tenham recebido treinamento específico. Não houve uma
melhoria significativa no conhecimento geral dos participantes após o treinamento
(média de acertos de 42,6% para 50,7%, p = 0,610). Algumas áreas, como manejo
da dor e uso de placebos, mostraram melhora significativa após o treinamento,
enquanto outros conceitos, como a filosofia dos CP, permaneceram com baixa taxa
de acerto. Conclusão: O estudo revela que, apesar de melhorias em áreas como
manejo da dor e sintomas após o treinamento em cuidados paliativos, persistem
lacunas significativas no conhecimento geral dos profissionais. A falta de mudanças
substanciais em várias questões destaca a complexidade do tema e a necessidade
de programas contínuos e que abrangem tanto os aspectos técnicos quanto os
desafios psicossociais e emocionais do cuidado ao fim da vida. |
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