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O Estado do Tocantins é uma das regiões de maior desenvolvimento do país. A localização estratégica, bem como a implantação de infraestruturas de transporte, como a rodovia norte-sul, e a consolidação do estado como uma nova fronteira agrícola, tem atraído investimentos dos diversos segmentos da economia brasileira, o que tem implicado no aumento da demanda em serviços e insumos utilizados principalmente nos setores agropecuário, extrativismo mineral e construção civil. Dentre estes, a extração mineral se destaca como um dos setores que mais cresceu no Estado, fornecendo substâncias minerais industriais (calcário industrial e agrícola, gipsita, rocha fosfática e quartzo), tanto para o Estado do Tocantins, como para o Brasil. Esse crescimento econômico tem implicado na abertura de novas lavras, para suprir estas demandas, afetando o ambiente natural e social, promovendo desde alterações geomorfológicas a novos cenários sociais. A instalação destes empreendimentos culmina na monopolização da economia local, consequentemente, migração de mão de obra de setores produtivos primários, bem como implicações na qualidade ambiental. Este é o caso de Bandeirantes do Tocantins– TO, grande produtor de calcário. O estudo das interações dos impactos ambientais, em escala municipal é necessário para potencializar benefícios e minorar impactos. A pesquisa compreendeu três etapas: 1) O estudo de parâmetros macroeconômicos para conhecer a dimensão e importância da mineração no município estudado e este em nível nacional. 2) A identificação de impactos no ambiente natural através da observação e coleta de materiais minerais, de solo e água na área de influência direta da mineração. 3) Análises de dados econômicos e gerenciais do Município e entrevistas com seus gestores públicos e sociais. O estudo revelou que há um considerável grau de dependência socioeconômica do município em relação a mineração, e que os impactos socioambientais da mineração do município de Bandeirantes do Tocantins, vão muito além das fronteiras do município, e tendem a interferências externas, sobretudo de caráter socioeconômico, necessitando de uma melhor intervenção quanto aos aspectos ambientais, e promoção de medidas que propiciem a manutenção da qualidade ambiental e saúde humana. |
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