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O aumento de poluentes é causado pela urbanização, crescimento das cidades e populações e intenso desenvolvimento tecnológico. Dentre essas fontes poluidoras estão as indústrias que utilizam o cromo hexavalente, Cr (VI), em seus processos. Esse metal provoca efeitos diversos, podendo causar câncer. O cromo pode também ocorrer na forma trivalente não tóxico, sendo usado como suplemento alimentar. Neste estudo foi investigado os efeitos do Cr (VI) sobre o bioindicador Danio rerio. Para isso, o peixe foi exposto a diferentes concentrações do metal, que no estudo esteve sob a forma do sal solúvel dicromato de potássio (K2Cr2O7). As alterações no metabolismo de carboidrato foram monitoradas, através da determinação da glicose, do glicogênio e do lactato. A exposição ao contaminante foi de 48h (ABNT, 2011), caracterizando exposição aguda. Após as 48h, os peixes foram crioanestesiados e congelados para posterior análise bioquímica. Foi analisado o grupo controle (sem o contaminante), além das concentrações de Cr (VI): 20 mg L-1, 30 mg L-1, 40 mg L-1 e 50 mg L-1, que se mantiveram estáveis durante o período de exposição. Observou-se uma redução (p<0,05), tanto dos níveis de glicose quanto das reservas de glicogênio, desde o grupo controle até a o grupo com a concentração de 30 mg L-1. No entanto, essa redução não foi significativa entre as concentrações que se seguiram, mesmo esses valores sendo menores (p<0,05) que o controle. Diante desses resultados, observa-se que o cromo hexavalente, até a concentração de 30 mg L-1, diminuiu (p<0,05) os parâmetros metabólicos no Danio rerio, revelando gasto energético devido ao estresse químico causado pelo contaminante. Contudo, a depleção não foi significativa à medida em que as concentrações aumentaram, havendo baixo consumo energético, observando-se a diminuição da movimentação dos peixes nesses grupos. Já os níveis de lactato não sofreram alterações significativas, demonstrando que o gasto energético não foi suficiente para alterá-los. |
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