Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11690/1270
Autor(es): Peçanha, Sílvia de Moura
Título: As concepções sobre brincar na educação infantil e as práticas educativas: múltiplos olhares
Palavras-chave: Práticas educativas;Educação infantil;Brincar
Data do documento: 2011
Editor: Centro Universitário La Salle
Resumo: A pesquisa, tipo Estudo de Caso, tem como problemática investigativa “Que concepções os responsáveis pelas crianças, as crianças, as educadoras e os profissionais responsáveis pelos Serviços Pedagógicos que atuam na Educação Infantil de duas escolas localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, pertencente à rede privada de ensino, possuem sobre o brincar e quais são as interrelações existentes entre tais concepções e as práticas educativas nesta etapa?” O estudo foi desenvolvido tendo como principal referencial a Teoria Histórico-Cultural, de L. S. Vygotsky, fazendo um recorte no que se refere ao papel do brincar no desenvolvimento infantil, e os pressupostos de autores que discutem a temática em pauta. O campo de estudo foram duas turmas de Educação Infantil, cada uma pertencente a uma escola. Participaram do estudo a) as crianças das turmas do Pré II, na escola A e B; b) um dos responsáveis por cada uma destas crianças; c) as professoras titulares das respectivas turmas, d) as profissionais responsáveis pelos Serviços Pedagógicos diretamente ligados à Educação Infantil. Para a análise dos dados foi utilizada a Técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Os achados do estudo sinalizam que: a) as crianças das duas turmas evidenciam que o que mais gostam na Educação Infantil são os momentos em que elas podem brincar, independente se é na pracinha, no pátio ou em outros espaços propícios para esta atividade; b) tanto as responsáveis pelo serviços pedagógico da Educação Infantil quanto as professoras titulares das turmas defendem a importância do brincar nesta etapa educativa. É possível constatar que nas turmas do Pré II das escolas pesquisadas são destinados espaços e tempos para o brincar. No entanto, o brincar não tem papel central no cotidiano educativo sendo possível perceber uma ênfase na preparação para a alfabetização e, mas precisamente, para o primeiro ano do Ensino Fundamental; c) na concepção dos responsáveis pelas crianças prepondera a visão de que as crianças possuem espaços e tempos para brincar, seja na escola ou no ambiente familiar. Demonstram ter ciência que estes espaços e tempos são diferentes se comparados aos que eles próprios tiveram quando eram crianças. Os achados desta investigação corroboram os resultados de outras pesquisas realizadas que focalizam o brincar, analisadas na revisão de literatura deste estudo, indicando a urgência de serem pensadas estratégias que incidam sobre as práticas educativas na Educação Infantil de forma que sejam salvaguardados os espaços e tempos para o brincar. Ao se salvaguardar tais espaços e tempos se está priorizando e contemplando as características, necessidades e especificadas da criança que frequenta a Educação Infantil no que tange aos seus processos de desenvolvimento e aprendizagem. Por fim, reitero a importância da escuta infantil como uma das possibilidades de compreender o universo infantil e, desta forma, delinear uma proposta educativa para a infância que não seja pautada por uma visão adultocêntrica.
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGE)

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