Ensino de língua inglesa no Brasil: perspectivas descoloniais desde Brasil, Argentina e Chile

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo analisar programas de ensino de língua inglesa em países da América Latina, especificamente Argentina e Chile, buscando contribuições para o ensino da língua no contexto brasileiro desde a perspectiva da descolonialidade. Esta proposta de pesquisa vincula-se ao Programa de Pós-Graduação da Universidade La Salle, na linha de pesquisa Formação de professores, teorias e práticas educativas. Encontra nos estudos e discussões do Grupo de Pesquisa em Educação Intercultural (GPEI) as condições para produzir a reflexão com a contribuição das produções que são amparadas pela perspectiva descolonial. Apresentam-se alguns pressupostos teórico-metodológicos em que o estudo se ampara, destacando contribuições que recolocam o lugar da metodologia enquanto itinerário de experimentação na produção do conhecimento. A perspectiva descolonial abordada como percurso adotado na pesquisa é apresentada com o objetivo de descrever o processo de construção da dissertação. Dessa forma, enfatiza-se a importância de considerar a ciência ocidental como um dos modos e não o único, como pretensamente têm se propagado nestes últimos séculos. No ensino de língua inglesa não é diferente, pois sempre se considera a hegemonia do falante nativo, onde supõe-se que existe um falante ideal e uma forma ideal de se comunicar. Entretanto, ao nos perguntarmos como vem se dando o ensino desta língua em regiões da América do Sul buscam-se elementos que possam auxiliar na compreensão dessas respostas, desde dois movimentos. Um primeiro focaliza a busca por referências na literatura existente e um segundo movimento, se centra especificamente em programas voltados ao incentivo da aquisição da língua no contexto nacional Brasileiro. Nesta direção o estudo permite apontar para duas questões, a primeira delas diz respeito ao fato de que as práticas de ensino da língua inglesa não consideram a realidade da cultura local, criando distanciamento e desinteresse do aluno e aluna na rede pública; e a segunda, observa-se a existência de alguns programas de ensino de língua inglesa tanto para os alunos e alunas como para a formação de professores.