Abstract:
Atualmente a Índia possui 10% de toda reserva mundial de carvão, mas destaca-se a má qualidade do carvão indiano, que possui alto teor de cinzas e grande concentração de
enxofre orgânico, leva ao aumento da poluição atmosférica devido à falta de controle das
termelétricas. Na Índia é possível encontrar carvões de diferentes idades geológicas, dos
períodos do Permiano e Cenozóico, que possuem características contratantes (SAIKIA, 2014).
A Índia é um país totalmente dependente do carvão para geração de energia, por isso é
necessários que sejam feitos estudos para se obter um melhor conhecimento sobre a
geoquímica deste carvão. Este estudo tem como objetivo fazer um estudo químico e
mineralógico para que se obtenha uma base de dados que possa embasar futuras pesquisas
sobre os possíveis impactos a saúde e ao meio ambiente gerados pela combustão deste carvão.
A petrologia, mineralogia e geoquímica inorgânica de amostras de carvão com alto teor de
enxofre, provenientes da Região nordeste da Índia tem sido estudado através do uso de
diversos equipamentos como microscopia óptica, difração de raios-X (DRX), microscopia
eletrônica de varredura (FE-SEM), microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução
(HR-TEM/SAED) e técnicas de análise químicas. Os estudos revelam que nanopartículas de
ferro estão presentes no carvão indiano, incluindo nanopirita, hidróxidos de ferro e uma
pequena quantidade de esfalerita. A pirita está presente no carvão na forma de franboidais e
cristais cúbicos assimétricos, contendo também elementos tóxicos como As, Pb e Se
identificados via EDS. A matéria mineral encontrada nas cinzas do carvão, obtidas a partir da
combustão a baixa temperatura, são dominadas por minerais carbonatos (calcita, dolomita e
ankerita), caulinita, ilita e quartzo. Os sulfatos de ferro encontrados são a tschermigite,
balssanite e gesso também estão presentes, provavelmente resultantes do processo de
incineração.