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Desde sua criação, no século XIX, o Theatro São Pedro está em permanente transformação, seja pela demanda cultural crescente, seja pelos novos espaços teatrais que transitam no mesmo cenário urbano. Tanto o setor público, por meio da Fundação Teatro São Pedro, quanto o setor privado, por meio da Associação Amigos do Theatro São Pedro, compartilham sua administração e buscam na gestão financeira garantir recursos para suas atividades. No entanto, cada entidade atua de forma distinta, conforme seus interesses, fazendo com que o teatro seja alvo de disputas dentro do campo no qual se insere. Nesse sentido, o estudo traz o seguinte questionamento: que ações foram adotadas pela Associação Amigos do Theatro São Pedro, a partir dos anos 1980, para fazer frente às dificuldades financeiras, dado a sua representação como patrimônio e identidade da sociedade gaúcha? Para isso, o estudo tem como objetivo analisar, por meio de suas memórias, as ações adotadas pelas gestões da AATSP com vistas a capacitá-lo ao exercício de inúmeras atividades culturais. A pesquisa se classifica como um estudo de caso com enfoque qualitativo e quantitativo. Foram feitas entrevistas com os gestores da Associação a fim de analisar a memória de suas ações no processo de ampliação do teatro e, ainda, buscaram-se dados orçamentários com o intuito de compreender o comportamento entre a tomada de decisões e o impacto gerado sobre a oferta cultural. Observou-se que a Associação cumpre um papel ativo na gestão do teatro, principalmente na captação de recursos e em ações que promovem a continuidade do complexo, como a adoção de melhorias em processos e readequações orçamentárias. Além disso, o financiamento do teatro, via leis de incentivo à cultura, fortaleceu a interação com as empresas privadas, favorecendo a ampliação física do local. |
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