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Este estudo trata da construção da memória a partir da preservação do patrimônio
cultural edificado. Investigando as formas de proteger este patrimônio das alterações
e ruínas, a pesquisa enfoca o direito moral de autor do arquiteto como um possível
instrumento acessório para a sua preservação, utilizando como estudo de caso o
município de Lajeado/RS. A pesquisa teórica aponta os locais como portadores das
marcas dos grupos que os ocuparam e cada aspecto e, cada detalhe desses lugares
tem um sentido que só é compreensível para os membros desses grupos. Cada
espaço, cada prédio torna-se objeto potencial da memória coletiva que mantém a
ligação entre o presente e o passado, referencial para ações futuras desses grupos.
Geralmente, os laços que prendem os indivíduos ao lugar aparecem com mais
nitidez no momento do perigo de rompimento. E, é esse rompimento, ou seja, as
ameaças de demolições ou alteração de características do patrimônio cultural
edificado, que impulsionaram a pesquisa sobre quanto o direito moral de autor nas
edificações pode contribuir para a sua preservação e para a construção da memória
do seu povo. A partir das fotografias que constam no Inventário do Patrimônio
Cultural realizado em 1992, comparando com as produzidas em 2009, a população
do município de Lajeado poderá perceber quanto do seu patrimônio cultural
edificado foi alterado ou destruído e questionar-se sobre a percepção que tem sobre
esses fatos. Na prática, a pesquisa utilizou ferramentas, como o blog e o twitter, por
serem de acesso público, estimulando a participação popular na conscientização da
importância de preservar a memória local através do patrimônio cultural material.
Como contribuição final, foi disponibilizado, no site da Prefeitura Municipal de
Lajeado, um programa que permite a consulta à localização no mapa da cidade e às
informações sobre os imóveis listados no Inventário do Patrimônio Cultural do Rio
Grande do Sul. |
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