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O presente estudo tem como propósito descrever, rememorar e resgatar as
lembranças e as experiências pitorescas vivenciadas no cotidiano dos vigilantes da
UFRGS, por meio de narrativas. Para maior compreensão, buscou-se investigar, a
partir do estudo da memória social, de que forma essas experiências estão
alicerçadas na memória desses servidores. Utilizou-se como suporte teórico as
concepções de autores como Maurice Halbwachs (2006) e Michael Pollak (1992), para
tratar de algumas noções sobre memória social; Icléia Tiessen (2013) e Paulo Nassar
(2012) para falar sobre memória institucional; recorreu-se à teoria de Howard Becker
(2008) e à Stuart Hall (1997), para proferir sobre identidade; à Peter Burke (2004) e
Humboldt (1952), para contextualizar o pitoresco; o pensamento de Alberto Melucci
(2005) e de Henri Bergson (1999), para dialogar sobre cotidiano e, por fim, articulou-
se o arcabouço dos autores Cornelius Castoriadis (2010) e Lev Vygotski (2011), para
discorrer sobre o imaginário. Rememorar momentos de vida pelas representações
torna-se um ato revelador de imagens que, em nosso âmago, são inextinguíveis.
Assim o foi com os vigilantes. Ao recordar e narrar suas experiências sobre os fatos
pitorescos, eles buscaram, em seus reservatórios, as representações mais
significativas para narrar. O sentido que é dado aos fatos narrados pelos vigilantes
pode ser variado e deve ser calculado pelo leitor por meio de uma organização lógica
e da consideração dos contextos situacionais. Trata-se de uma investigação com viés
metodológico de caráter qualitativo e descritivo. No próximo momento, utilizou-se
como instrumento de coleta de dados a entrevista de profundidade, realizando
entrevistas individuais, e, na sequência, o tratamento dos dados por meio da análise
de conteúdo. É indispensável salientar que a principal conclusão da pesquisa está no
reconhecimento do valor das memórias contadas por todos os entrevistados. |
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