Abstract:
Na atualidade, questões envolvendo a prematuridade são um grande desafio à
saúde pública, mesmo com o desenvolvimento na medicina nesta área. Segundo a
Organização Mundial de Saúde o percentual de parto prematuro no Brasil, dos nascidos
vivos, chega a 12,4% e ainda em ascensão, classificando nosso país como décimo no
ranking mundial dos países com mais partos antecipados. São considerados prematuros
todos aqueles nascidos com menos de 36 semanas e 6 dias de gestação e com peso
inferior a 1.500 gramas, sendo vários são os fatores de risco prematuridade, desde um
pré-natal mal acompanhado ou não realizado; pré-eclâmpsia; gestação precoce ou tardia;
até condições socioeconômicas e clínicas desfavoráveis. Sabe-se que quanto menor a
idade gestacional, maiores são as chances da criança apresentar riscos para atraso de
desenvolvimento, devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. Este evento não está
associado somente a questões relacionadas à prematuridade, mas também a exploração
imprópria do meio inserida. Nesse sentido, um desenvolvimento motor inadequado reflete
em prejuízos na vida social e intelectual, onde tal dificuldade irá interferir na realização de
atividades cotidianas. Neste contexto, a intervenção fisioterápica surge como uma
ferramenta preventiva importante, minimizando riscos de atraso neuromotor. Assim,
quanto mais cedo for a intervenção, maiores são as chances de correção do atraso, pois
o primeiro ano de vida é de intensa transformação do sistema nervo central, onde o
desenvolvimento neuromotor depende de ações e repetições de padrões corretos para
sua aprendizagem. A intervenção fisioterapêutica em prematuros consiste em estabelecer
um objetivo motor, a partir da idade corrigida, identificando as reais dificuldades motoras
da criança. Tal permite o ganho de habilidades, mensurados a partir de instrumento
padronizado. Dessa maneira, é possível oferecer à criança condições de experimentação
de um desenvolvimento adequado, por meio de técnicas sensório-motoras, além de
orientações aos pais como para manter os estímulos e reforçar o vínculo familiar. A
pesquisa em questão teve como objetivo avaliar o efeito no desenvolvimento motor de
prematuros após um programa fisioterapêutico de intervenção precoce, com até 18 meses
de idade corrigida. Para tal realizou análise de correlação entre grupo de prematuros,
pareados em sua idade corrigida, expostos a dois tipos de intervenções fisioterapêuticas
(motora e sensório-motora), a fim de inferir se uma abordagem foi sobressalente no
alcance de marcos motores correspondentes a sua fase do neurodesenvolvimento. Como
produto técnico foram criadas contas nas redes sociais (Facebook, Instagram e
YouTube), a fim de apresentar a sociedade ferramentas de como a fisioterapia pediátrica
pode beneficiar o desenvolvimento neuromotor infantil.