Abstract:
Este artigo objetiva apresentar uma sistematização da trajetória do Instituto de Matemática e Estatística
(IME) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 1959 a 2016, desvelando algumas memórias da instituição.
São apresentados inicialmente aspectos teóricos sobre complexidade, memória social, abordagens institucionalistas e
memória institucional. Foi realizada uma pesquisa qualitativa que envolveu análise documental e dezoito entrevistas
semiestruturadas, sistematizadas e analisadas segundo a análise de conteúdo. Os resultados indicam que a trajetória
do IME pode ser sistematizada em duas fases principais: a antiga (1959 – 1985) e a contemporânea (1985 – 2016).
Percebem-se vários elementos em comum entre as duas fases, sobressaindo-se os de conquistas e desa* os. Entre os
desa* os destacam-se uma fragmentação de memórias onde algumas lembranças centram-se mais nos cursos do que
no IME, bem como grande foco na administração e planejamento presentes, tais como entraves administrativos
macroinstitucionais, assim como con+ itos internos. Entre as conquistas destacam-se a multiplicidade de memórias,
o protagonismo dos professores Tietböhl (1989) e Rodrigues (1991), a inclusão da Estatística ao então Instituto de
Matemática (2015), bem como a busca pela articulação de um espaço de re+ exões, de práticas educacionais e administrativas e de memórias compartilhadas.