Adesão ao tratamento de diabetes Mellitus tipo 2 em pacientes internados em um hospital de Canoas

Abstract

O Diabetes Mellitus do tipo 2 tem alcançado proporções preocupantes, chegando a ser considerado como uma epidemia, estabelecendo um desafio para portadores, familiares e profissionais de saúde na obtenção do controle glicêmico a fim de diminuir as complicações em curto e longo prazo. Métodos/Objetivo: Trata-se de um estudo tipo transversal de amostragem por critério de conveniência, em que o autocuidado do paciente foi avaliado através do Questionário de Atividades do Autocuidado com o Diabetes, dos quais foram selecionados 100 pacientes internados de ambos os sexos, com idade entre 18 e 87 anos. Resultados: Predominou-se pacientes do sexo feminino (60%); Nível de escolaridade baixo, representado por 62% com ensino fundamental incompleto; O tempo de doença médio foi de 11 anos. Quanto aos itens do questionário de atividades do autocuidado, no que diz respeito às práticas de exercícios físicos, os pacientes apresentaram uma baixa adesão, no entanto, nos itens sobre cuidados quanto a monitorização da glicemia e do uso das medicações, os pacientes apresentaram níveis satisfatórios de adesão ao tratamento. Conclusão: No processo de adesão, os pacientes têm autonomia e habilidade para aceitar ou não as recomendações dos profissionais de saúde, podendo aderir satisfatoriamente a um aspecto do regime terapêutico, e não aderir aos outros. Os profissionais da saúde têm como papel ajudar o diabético a aceitar a doença e proporcionar meios para o controle da mesma. É preciso investir em ações educativas direcionadas ao autocuidado que levem em consideração nível de escolaridade entre outros fatores, pois a elevada incidência desta doença representa um grande encargo econômico ao país.