Abstract:
Nos últimos 10 anos, elementos envolvidos com cardioproteção em atletas têm sido
estudados mais detalhadamente, a grelina é um deles. O nome deste hormônio peptídico
se origina do prefixo Ghre, que significa growth hormone release onde observamos
primeira função à estimulação da secreção de GH que ocorre através da ativação do
receptor secretagogo do hormônio de crescimento-1a (GHS-R1) no sistema nervoso
central (SNC). Estes receptores estão presentes também em outras áreas como tecidos
cardíacos. Estudos mostram que o hormônio grelina exerce atividades benéficas pela
ligação em cardiomiócitos, entre suas funções está o aumento da biodisponibilidade de
óxido nítrico (NO) com a melhora na disfunção endotelial e normaliza a alteração de
endotelina 1 (ET-1) na vasculatura.
Sabemos que o exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo
de sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da
musculatura exercitada e, conseqüentemente, do organismo como um todo. Assim, para
suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e,
dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico.
Consequentemente o exercício regular produz efeitos no grau de aterosclerose coronária,
redução de fibrinogênio, inibidor de ativador do plasminogênio e efeitos antitrombóticos.
Neste trabalho apresentaremos a grelina na sua forma acilada e sua inter relação com a
proteção do tecido cardiovascular no exercício físico predominantemente aeróbio onde
parece haver resultados mais efetivos.