Abstract:
O presente texto, de abordagem hermenêutica, faz
uma reflexão sobre os limites e as potencialidades
do computador nos processos formativos da arteeducação dos estudantes. Partimos das seguintes
problematizações: Quais são os sentidos e
percepções dos professores nas experiências
pedagógicas da arte-educação com o uso do
computador? O computador no cotidiano escolar
pode estimular o desenvolvimento de capacidades
criativas nos sujeitos ou simplesmente aliená-las?
O estudo visa compreender as relações da arteeducação e das formas de ensinar e de aprender por
meio do computador, tendo em vista suas
potencialidades e as percepções de experiências
pedagógicas para o desenvolvimento do
conhecimento sensível e singular no mundo.
Partimos da hipótese de que o computador é,
muitas vezes, tomado sobre uma representação
empobrecida e operacionalizada, como algo
fabricado para o consumo, o que gera a perda do
sentido expressivo, comunicacional e a fugacidade
deste instrumento cultural na educação. Por sua
vez, quando é estimulado por um olhar artístico e
sensível, pode ser (re)criado em novas
manifestações socioculturais, produzindo sentidos
e experiências estético-formativas no campo da
arte-educação. Concluímos que o computador é
uma construção humana com potencial para a
promoção da criação criativa e de novas
sensibilidades no campo da arte-educação, que
pode causar rupturas em modelagens educacionais
pelas próprias transformações que é capaz de
engendrar nas práticas pedagógicas.