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A educação é um direito social assegurado pela Constituição Federal. O indivíduo
sentenciado que ingressa no sistema prisional é privado de sua liberdade, porém,
continua detentor dos demais direitos e garantias fundamentais. Nesse contexto, a
educação prisional possui um papel importante na retomada do convívio em
sociedade desses indivíduos, melhorando sua perspectiva para o futuro e
possibilitando romper um ciclo de exclusão e reincidência ao crime. É desse modo
que a figura do professor emerge nesses espaços, dando origem ao problema de
pesquisa: como dar visibilidade aos professores que atuam no contexto do ensino
dentro do sistema prisional no Rio Grande do Sul? Deste problema, tendo como
recorte espacial a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), foi estabelecido como
objetivo geral registrar trajetórias profissionais de professores que atuam em escolas
dentro do sistema prisional, mais especificamente, que em algum momento tenham
trabalhado com educação prisional na PEJ, incluindo, o Núcleo Estadual Educação
de Jovens e Adultos (NEEJA) Sueli Rodrigues da Silva. A presente pesquisa visa,
também, debater a educação nos espaços prisionais, à luz da Memória Social,
fundamentado em autores como Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Joel Candau e
Icléia Thiesen. O percurso metodológico envolveu três etapas: investigação
documental, entrevistas temáticas e análise dos dados obtidos, que resultaram em
um documento sistematizado, contendo relatos e imagens que registram memórias
de professores que estiveram à frente da educação prisional na PEJ. Como produto
técnico foi elaborada uma agenda personalizada, contendo o resumo dos principais
achados da pesquisa, com o objetivo de dar visibilidade à história de professores
que atuam ou atuaram nesses espaços e oportunizar aos interessados na temática,
explorar um pouco mais sobre esse ambiente tão importante e peculiar e a realidade
vivida pelos educadores prisionais. |
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