Abstract:
O artigo, de natureza hermenêutica, contextualiza e discute a relação entre educação, controle e
tecnologias digitais, a partir das experiências projetadas durante a pandemia. Problematiza os possíveis
desdobramentos da ação pedagógica frente às novas funcionalidades da máquina, do controle do
trabalho pedagógico que foi normalizado com o ensino remoto emergencial. O debate de experiência
hermenêutica aponta para (1) o legado da pandemia e a consequente ausência do lugar da autoridade
pedagógica decorrente da violência sistêmica e operacional implementada; (2) a perda do poder
pedagógico como sintoma da incapacidade de coordenar práticas dialógicas com o outro no sistema
operacional digital; e (3) as dificuldades do professor em tornar o seu saber válido e gerar (auto)confiança
no contexto caótico, de crise contemporânea gerada no ressurgimento da barbárie, de urgências e
violências externas. Tais metamorfoses são de extrema relevância para dar visibilidade às
reconfigurações do campo para avaliar criticamente as prioridades e expectativas formativas.