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Esta tese tem como objetivo geral compreender o processo de constituição do
professor de ensino médio, na contemporaneidade, problematizando a memória
enquanto elemento identitário de autoconhecimento e autoformação. A investigação
está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais,
da Universidade La Salle, na Linha de Pesquisa Memória e Linguagens Culturais. A
metodologia abrange um estudo qualitativo, a partir de uma pesquisa narrativa, em
uma perspectiva que visa o entendimento da experiência em um processo de
rememoração da memória, concebendo-a como um elemento de autoconhecimento e
de autoformação. Elege-se como instrumento de recolha e produção de dados as
autobiografias (NÓVOA, 2000; JOSSO, 2010) e as entrevistas narrativas (FLICK,
2013), ambos os instrumentos propícios a investigação do percurso formativo de
quatro educadores do ensino médio, do Colégio Marista Pio XII, instituição de ensino,
da rede privada, localizada na região do Vale do Rio dos Sinos, RS. O procedimento
de análise e interpretação dos resultados adotado neste estudo foi a Análise textual
discursiva - ATD (MORAES E GALIAZZI, 2016). Como ancoragem teórica utilizou-se
os conceitos de memória à luz das teorias de Halbwachs (2006), Candau (2016) e
Assmann (2011). Os conceitos de experiência formadora, inspiram-se nas pesquisas
de Josso (2004), Macedo (2015), Larrosa (2018), Nóvoa (2000) e Warschauer (2017).
Por fim, a identidade foi conceituada em um enfoque sociológico, a partir das
caracterizações advindas de Hall (2015) e Dubar (2005, 2012). Dentre os principais
achados da pesquisa destacaram-se: a necessidade de olhar para a formação
docente, explorando as histórias de vida; a valoração da memória enquanto elemento
de autoconhecimento e autorreflexão; a experiência formadora sendo base formativa;
os desafios da docência no ensino médio, em virtude de mudanças decorrentes da
legislação; a necessidade da adoção de formações comprometidas com o fazer
docente. |
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