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Esta pesquisa surge do desconforto que causam as (não) ações referentes à
implantação da Lei no 10.639 de 09 de janeiro de 2003 (BRASIL, 2003) nas escolas,
por que, recentemente, completou 21 anos. Tem como problema de pesquisa a
seguinte questão: como construir uma memória de livros afrocentrados como
reconhecimento de identidade cultural? O objetivo geral é analisar como é tratada e
apresentada a cultura afro-brasileira nas instituições a partir do estudo da literatura
afrocentrada. Este trabalho tem relevância social a partir do momento em que se
percebe, ao iniciar a caminhada investigativa, que atualmente pouco se fala em
cultura afro-brasileira no contexto educacional estudado. Assim, a metodologia
escolhida para se chegar aos objetivos propostos é de abordagem qualitativa, por
meio da análise de livros didáticos de História do 3° ano do ensino fundamental e
nos livros literários afrocentrados de uma biblioteca, articulando-a a bases teóricas
da memória social, da cultura afro-brasileira e da educação. Para analisar as obras
foram criadas as seguintes categorias: Memórias subterrâneas, Estereótipos e
fetichismo, Cultura negro africana, Consciência histórica, Representação positiva e
Pistas para discussão. Percebe-se que a cultura afro-brasileira é mencionada nos
livros didáticos analisados de maneira superficial e estereotipada como nas imagens
e na escrita, ainda que depois de tantas leis regulamentadas esses estereótipos
ainda se mantêm em pleno século XXI. O trabalho deixa uma perspectiva de
continuação dos estudos sobre as relações étnico-raciais tão importantes para o
campo educacional. Ao realizar essas problematizações, esta pesquisa visou
encontrar alternativas que possibilitem mais conhecimento e reflexão por meio dos
cards educativos com sugestão de outras obras literárias afrocentradas infantis, para
que tanto os professores como os alunos entendam a importância de trabalhar tais
obras dentro de sala de aula. |
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