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A água é um recurso vital para todos os ecossistemas e formas de vida no planeta,
desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento e na sustentabilidade dos
sistemas naturais. Neste contexto, as águas subterrâneas desempenham um papel crucial,
especialmente em áreas rurais e urbanas onde o acesso à água potável é limitado. No
Brasil, cerca de 19% dos domicílios são abastecidos por águas subterrâneas, tornando-as
uma fonte essencial para suprir necessidades básicas de consumo. No entanto, a qualidade
das águas subterrâneas pode ser comprometida por diversas atividades humanas, como a
agricultura intensiva e o descarte inadequado de resíduos. Isso é particularmente relevante
na região do Vale do Rio Pardo, no estado do Rio Grande do Sul, conhecida por sua
produção agrícola, especialmente de fumo. A prática agrícola e pecuária nessa região
frequentemente resulta no despejo de agroquímicos e resíduos animais no solo, podendo
contaminar os lençóis freáticos e poços artesianos locais. Portanto, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica da água de poços artesianos nos
municípios de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, pertencentes ao Vale do Rio Pardo.
Para isso, amostras de água de 19 poços artesianos foram coletadas. As análises de
coliformes totais e E. coli foram realizadas pelo teste de presença/ausência, através do
método de identificação rápido, utilizando o reagente cromogênico e fluorogênico
Readycult® coliforms 100. Para o teste de contagem de bactérias heterotróficas foi
utilizado o meio de cultura Ágar Nutriente. Como resultado, foi observado que apenas
26,1% não apresentaram qualquer risco à saúde e que 73.9% deles não atenderam os
parâmetros estabelecidos pela Portaria no 888 de 2021 do Ministério da Saúde, dados
considerados importantes em nível de saúde pública, uma vez que quem vive nas
residências e arredores acaba utilizando essas águas subterrâneas. |
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