dc.description.abstract |
Dentre as citações agrego observações de análise em pesquisa e
entendimento.
A OMS e o Mistério da Saúde do Brasil orientam que o aleitamento materno
exclusivo é suficiente para atender às necessidades do lactente até o sexto mês de
vida. A partir desta idade, é necessário que alimentos complementares sejam
introduzidos visando suprir a necessidade de determinados nutrientes que se tornam
insuficientes no leite materno (Brasil, 2002; OMS 2003).
A introdução alimentar (IA) infantil é uma fase caracterizada pela transição do
leite exclusivo – materno ou fórmula láctea – para os primeiros alimentos sólidos,
semi-sólidos ou líquidos, em alimentação complementar (AC). Segundo a OMS, o
período de alimentação complementar é aquele durante o qual outros alimentos ou
líquidos são oferecidos à criança além do leite materno (Silva, 2013; OMS, 2003).
É na infância que ocorre a formação de muitos dos hábitos alimentares que se
estenderão ao longo da vida. Para que a alimentação seja adequada, os alimentos
consumidos precisam atender às necessidades diárias específicas de cada faixa
etária em relação a energia, macro e micronutrientes (Philippi, 2015).
A introdução alimentar é o termo usado para designar a fase em que a
alimentação dos bebês começa a experimentar outros alimentos além do leite
materno.
O ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto
macro quanto micro (proteínas, carboidratos, gorduras, ferro, zinco e vitaminas). É
sempre importante unir os quatro grupos alimentares principais: hortaliças e frutas,
carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos. A composição de todos os grupos são
permitir que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e as vitaminas
necessárias para um crescimento adequado.
Em contraponto, a abordagem Baby-led Weaning (BLW) é uma forma
alternativa de se introduzir os alimentos sólidos ao bebê. Criado em 2008 pela
enfermeira social inglesa, PhD. Gill Rapley, o BLW propõe que o bebê tenha a oferta
de alimentos complementares, diretamente em pedaços, tiras ou bastões. Essa
abordagem não inclui alimentação com a colher e nenhum método de adaptação de
consistência para preparar a refeição do lactente (SBP, 2017).
Segundo a criadora do método com uma abordagem que confia na capacidade
do bebê de se auto alimentar, desde que apresente os sinais de desenvolvimento
4
adequados, também chamados de “sinais de prontidão” – sentar-se sozinho sem
apoios, sustentar o pescoço, pegar brinquedos com precisão e levá-los à boca –,
expondo-o a diferentes texturas e possibilitando uma interação ativa com os
alimentos (Rapley & Murkett, 2017).
É o bebê que decide o que quer e quanto quer comer em cada refeição. O método
BLW traz diversos benefícios em relação ao modelo tradicional: maior autonomia,
melhor aceitação, maior variedade de alimentos, formação de um hábito alimentar
mais saudável, menor risco futuro de obesidade. |
pt_BR |