Abstract:
Esta pesquisa foi desenvolvida no programa de pós-graduação em Memória Social e
Bens Culturais, na linha de pesquisa em Memória, Cultura e Gestão. O estudo trata-se
de uma análise documental da área em torno da Arena do Grêmio no bairro Humaitá,
Porto Alegre, e explora o impacto da memória coletiva e da identidade da comunidade
no processo de desenvolvimento urbano. Com foco no bairro Humaitá e nas imediações
da Arena do Grêmio, a pesquisa revela como as intervenções urbanísticas podem
influenciar as dinâmicas sociais e culturais da região. A investigação se apoia nas teorias
de autores de memória e arquitetura, que discutem a memória coletiva e a identidade
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urbana, a fim de entender de que maneira as mudanças físicas e socioeconômicas na
área afetam o senso de pertencimento dos residentes. A edificação da Arena do Grêmio,
por exemplo, trouxe melhorias em infraestrutura e desenvolvimento, mas também deu
origem a processos de gentrificação, alterando não apenas a paisagem, mas também a
relação dos moradores com seu entorno. Em consonância com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS 11) e as diretrizes da Carta de Veneza, este trabalho
defende que o planejamento urbano deve priorizar a preservação do patrimônio
cultural e assegurar a participação da comunidade, para favorecer um crescimento
sustentável e inclusivo. Dessa forma, a pesquisa busca responder à seguinte questão:
“Quais os desafios para a manutenção da memória e da identidade comunitária do
bairro Humaitá frente ao planejamento urbano sustentável e aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável?”. Considerando essa problemática, apresenta-se como
objetivo geral: apontar os desafios para a manutenção da memória e da identidade
comunitária do bairro Humaitá em relação ao planejamento urbano sustentável. É
recomendado que as políticas urbanas futuras considerem a memória e a identidade
locais, com o intuito de criar um ambiente urbano que valorize as raízes culturais e
melhore a qualidade de vida dos habitantes. Entende-se, após realizar as etapas
metodológicas essenciais, incluindo pesquisa bibliográfica e documental, que um
planejamento urbano sustentável deve respeitar não apenas a história local, mas
também promover a coesão social, desenvolvendo espaços vibrantes e significativos.
Quando a memória e a identidade estão bem integradas ao processo de desenvolvimento
urbano, podem reforçar a conexão entre as pessoas e o espaço, contribuindo para a
formação de cidades mais acolhedoras e inclusivas.