Abstract:
O diabetes tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune que afeta cerca de 10% dos casos de diabetes no Brasil, com crescente prevalência entre mulheres. Caracteriza-se pela destruição das células beta do pâncreas, resultando em deficiência total de insulina, exigindo administração exógena para controle glicêmico. Pode surgir na infância, adolescência ou vida adulta, com sintomas como sede excessiva, perda de peso e cetoacidose. O controle inadequado pode levar a complicações graves, como retinopatia, doenças renais e cardiovasculares. O tratamento exige adesão rigorosa a hábitos saudáveis, uso regular de insulina e acompanhamento constante. Questões emocionais e sociais também influenciam no manejo da doença. Na gestação, o DM1 representa alto risco, com possibilidade de complicações maternas e fetais, incluindo parto prematuro, malformações e problemas metabólicos. O acompanhamento pré-concepcional e o controle rigoroso da glicemia ao longo da gestação são fundamentais. Alterações hormonais aumentam a resistência à insulina, exigindo ajustes frequentes na dose. A terapia nutricional desempenha papel central, com foco na contagem de carboidratos, qualidade alimentar e equilíbrio entre insulina e ingestão calórica. Dietas restritivas são desaconselhadas. A alimentação deve ser individualizada, garantindo o ganho de peso adequado e prevenindo oscilações glicêmicas.Por fim, o cuidado deve envolver uma equipe multidisciplinar e considerar fatores clínicos, sociais e emocionais para garantir segurança e bem-estar tanto da gestante quanto do bebê.
