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Introdução: O consumo de alimentos ultraprocessados na infância é impulsionado por estratégias de marketing apelativas, como o uso de personagens licenciados, cores vibrantes e brindes, que influenciam a percepção dos responsáveis e das próprias crianças quanto à qualidade dos produtos. Objetivo: Avaliar a qualidade nutricional de alimentos com apelo infantil pertencentes aos grupos “leite e derivados” e “frutas, sucos, néctares e refrescos de frutas”, comercializados em supermercados da cidade de Canoas, RS. Metodologia: Foi realizada uma análise documental e descritiva dos rótulos, considerando elementos visuais, alegações nutricionais, ingredientes e composição nutricional, com base na classificação NOVA, nos critérios da Anvisa e nas recomendações da Estimated Average Requirement - EAR - (Recomendação Média Estimada). Resultados: Os dados coletados evidenciam a presença recorrente de açúcares adicionados e aditivos, inclusive em produtos geralmente percebidos como saudáveis. Apenas um item não apresentava açúcares adicionados. Apesar de alguns produtos oferecerem micronutrientes relevantes, o alto teor de açúcares e a rotulagem voltada a adultos dificultam escolhas alimentares conscientes para o público infantil. Conclusão: O estudo reforça a importância de políticas públicas que ampliem a regulação da rotulagem e da publicidade infantil, bem como da educação alimentar e nutricional como estratégia para empoderar consumidores e proteger a infância da exploração comercial precoce. |
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