Abstract:
Este trabalho tem como objetivo analisar o impacto das redes sociais na alimentação e no desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes, buscando contribuir para a conscientização dos riscos envolvidos e evitar a progressão desses quadros. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, de natureza exploratória e bibliográfica, com ênfase na análise crítica de conteúdos divulgados nas redes sociais relacionados à alimentação e ao corpo. Os resultados evidenciam que há um volume significativo de publicações que promovem dietas restritivas e práticas alimentares desordenadas, sem embasamento científico, empatia ou orientação profissional. Esses conteúdos, muitas vezes apresentados de forma atrativa e com promessas de resultados rápidos, obtêm ampla aceitação e engajamento do público, o que reforça a percepção de eficácia e segurança. Constatou-se que adolescentes, por estarem em processo de construção de identidade e senso crítico, tornam-se mais suscetíveis a internalizar esses comportamentos nocivos. Conclui-se que as redes sociais exercem papel relevante na formação de hábitos alimentares disfuncionais, sendo necessário o incentivo à educação digital e nutricional como forma de prevenção.