Abstract:
A presente dissertação apresenta as Memórias do SIM, um Projeto de Gestão
Docente. As memórias do projeto partem da ideia de saber imaginar, entende o
professor como gestor do processo de ensino que gera a aprendizagem e busca
ampliar o foco da gestão na perspectiva do fazer pedagógico em sala de aula. Como
estudo de caso, investiga o fenômeno que nesta pesquisa está balizado pela
seguinte questão norteadora: De que forma o Projeto SIM podem converter-se em
um processo significativo para a alfabetização? Como objetivo geral estruturou-se:
analisar a experiência do projeto SIM e a sua repercussão no aprendizado de
sujeitos em fase de alfabetização do Colégio Santo Antônio, localizado no município
de Estrela-RS. A linha de pesquisa Memória e Linguagens Culturais implementa
atividades de pesquisas interdisciplinares voltadas para a construção de
conhecimentos básicos e aplicados relativos à memória e suas relações com formas
de expressão e de recepção das culturas em diferentes suportes e linguagens. O
produto técnico, o Diário do Alfabetizador: projeto SIM traz o conceito Saber
Imaginar e pretende dialogar com professores e futuros educadores sobre a
importância da sequência didática. Propõe o pensar reflexivo da criança em relação
ao objeto do conhecimento - a leitura e a escrita de forma lúdica, na fase da
alfabetização. O olhar da criança como protagonista do seu aprender mediado pelo
professor como gestor do processo de ensino e de aprendizagem. A referência de
autores está baseada na abordagem da memória da alfabetização. O percurso
metodológico ancora-se nos estudos de Minayo, na compreensão da memória
coletiva e individual, a partir de estudos de Maurice Halbwachs (2004). Outro
aspecto estudado aqui é a memória como narrativa, abordada por Paul Ricoeur
(2007). Esta dissertação também aborda a memória, a identidade social e o
sentimento de pertença como herança tratada por Michael Pollak (1992). Quanto à
alfabetização e suas práticas cotidianas, trazemos os estudos de Emília Ferreiro
(2011), Magda Soares (2005), Luiz Carlos Cagliari (1995) e Marco Antonio Moreira
(2012) destacando-se a aprendizagem significativa. A Base Nacional Comum
Curricular traz o viés da construção coletiva e constitui-se como referência base aos
educadores. Por fim, entendemos a alfabetização, a memória e as práticas
pedagógicas para o aprendizado da linguagem através da leitura de mundo da
criança e suas experiências. Dessa forma, a sala de aula é vista como um laboratório de aprendizagem, um espaço dialógico entre teoria e prática pedagógica.