Abstract:
O presente trabalho foi desenvolvido durante o Curso de Mestrado Profissional em
Memória Social e Bens Culturais, na linha de pesquisa de Memória e Linguagens
Culturais. Neste contexto, fiz observações, relacionei textos e busquei estudar e
identificar como a Justiça Restaurativa, com a aplicação das técnicas dos Círculos
de Paz, tem sido aplicada e difundida, tentando verificar como esta prática poderia
ser aplicada no viés da formação, qualificação e motivação de servidores públicos
no exercício de sua atividade laborativa. Os servidores, após a pandemia de
COVID19 e com a implementação de ambientes virtuais, estão enfrentando uma
mudança repentina na sistemática de trabalho imposta pela efetividade e rapidez da
informatização, com uma significativa mudança no perfil de atendimento ao público e
a sensação constante de cobrança e hiperconectividade. A prática dos Círculos de
Paz podem motivar o desenvolvimento de trabalhos que possam estimular o
autocuidado, a escuta, a fala e o incentivo ao pertencimento de grupos. O objetivo
geral é avaliar experiências sobre os métodos restaurativos e sua utilização como
ferramenta para melhorar a relação interpessoal entre trabalhadores do setor
público. Assim, a partir do produto técnico, em formato de podcast, indicamos
possíveis transformações organizacionais, imbuída da ideia de institucionalização
das práticas da Justiça Restaurativa e da metodologia dos Círculos de Paz, fundada
na Cultura da Paz, trazendo exemplos práticos que já vem sendo realizado em
alguns espaços públicos. Nesta pesquisa, os ensinamentos dos principais autores
da Justiça Restaurativa, como Kay Pranis e Zehr Howard, e de Memória Social,
como Hallbwachs e Candau, foram aliados às minhas experiências em campo. A
metodologia de cunho qualitativa permitiu gerar subsídios com potencial de de
despertar a curiosidade e a prática das técnicas restaurativas junto aos servidores
que acessarem o podcast.